Eu escrevo pedaços de mim que não são inteiramente verdades.
Quero tomar emprestadas estas palavras de Veriana Ribeiro Alves pra lembrar a mim mesmo que não sei ao certo se o que digo vem de experiências que vivi ou das que lamento não ter vivido. Ou ambas as coisas são verdadeiras e, portanto, são fragmentos de mim. O que digo aqui, mesmo que emprestado de alguém, é meu, posto que me compõe. Palavras são jogadas a quem as possa aparar. Faço dessas as minhas por ser a verdade de quem escreve.
Não. Não vim aqui escrever a obra literária do século! Vim - novamente Veriana, revelar o amargo e o doce da esputa que habita minha alma. Não vou ensinar nada. Tome emprestado aquilo que lhe for útil. Não devolva a mim. Distribua a quem merecer. Mas tome um cuidado: viva o que prega; pregue o que vive.
O que faço aqui, enfim, é recordação porque "ela está em todas as coisas; até no vazio que me dá".
Penso... Penso... Penso... Penso...
Logo, existo?
Não sei.
Falo... Falo... Falo... Falo...
Logo, sinto muito.
Veriana, empresta uma palavra doce que a esputa foi amarga!