segunda-feira, agosto 09, 2010

Se Kate Mahoney soubesse

Se você já "se entendia por gente" nos anos 90, deve lembrar de uma série televisiva chamada Lady Blue, que por aqui foi traduzida para A Dama de Ouro, estrelada pela atriz Jamie Rose, que contava as aventuras de uma policial durona no estilo Dirty Harry, com Clint Eastwood, que, por sinal, tornou-se um diretor de cinema de grande qualidade. A personagem, a policial durona era Kate Mahoney.

Outra informação, desnecessária, mas que quero dizer aqui, é que a maioria dos "cantores sertanejos" - seja lá o que isto signifique, tem nomes estranhíssimos - veja-se o exemplo de Zezé di Camargo, que na verdade chama-se Mirosmar. Daí, adotam nomes que serão mais facilmente absorvidos pelo público, só não sei como eles mesmos não se confundem e quando vão a programas de televisão ouvir depoimentos dos familiares e amigos, até seus pais, que tiveram a "brilhante" ideía de os batizar com esses nomes incompreensíveis, referem-se pelo "nome artístico". Existem os "batizadores" de duplas sertanejas com um resquício de inteligência e criam brincadeiras interessantes, como João Mineiro e Marciano (o que um alienígena faz cantando no Brasil, eu não sei), Chico Rey e Paraná e outros tantos. Mas, tem os que, sem a menor noção do que estão fazendo nem do idioma que somos obrigados a conhecer um pouco - não culpem os Portugueses, eles tentaram nos ensinar, são responsáveis por criações estranhíssimas também. Adelito e Rebelde, Atleta e Treinador, Bátima e Robson, Belo e Horizonte, Bento e Mamão, Campanha e Piriguso, Canadá e Continensse, Castelo e Mannsão, Chanceler e Diplomata, Choroso e Xonado, Cativante e Continente, Conde e Drácula, Domyngo e Feryado, Franco e Montoro. Peraí! Franco Montoro não era um político!? Era, não me culpe por isto! Se eu continuar, vamos ficar a semana inteira na mesma postagem, mas tem uma que é impossível ficar de fora: Poliglota e Porta Voz.

Dia destes, durante a sessão de hemodiálise, uma das Enfermeiras que comprovam que a mulher foi realmente feita por Deus - o homem, sim, descende do macaco, cantarolava uma das "canções" de uma determinada dupla - e o fez por 4 vezes consecutivas. Entendi, de imedianto, considerando um sotaque paulistano e as repetições que aquele era o estilo musical preferido. Deixa ver se consigo piorar as coisas. Terminada a sessão, nova "cantarolada" e iniciamos o seguinte diálogo:

Eu: Já entendi que você gosta dessas músicas.
Ela: Não, é que estas coisas grudam na nossa cabeça. Do que você gosta?
Eu: (Tentando não ser MUITO indelicado) Gosto de tudo, muitas coisas.
Ela: Gosto de Chico Buarque, Caetano, desses por aí.
Eu: (Aliviado, mas nem tanto) Também gosto.

Sessão seguinte, levo um CD de Greyce Ive, que você já viu por aqui na "semana musical".

E isso tudo tem o quê com a Kate Mahoney, com os nomes estranhos de duplas sertanejas, o gosto musical da Enfermeira. Aliás, qual o significado disto tudo.

A música cantarolada diversas vezes, foi gravada por uma dupla chamada Bruno e Marrone - aqui a relação com nomes estranhos e a falta de inteligência: a intenção era fazer uma homenagem à personagem da série de TV e saiu isto, ficando ainda a dúvida: qual seria o nome ridículo que a pessoa carrega que opta por essa troca tão absurda? O nome do conhecido Bruno é Vinicius, nascido em Goiânia e o de Marrone é José Roberto, também do estado de Goiás. É, talvez fosse melhor chamar a dupla de Roberto e Vinicius, que poderíamos nos iludir que seria uma homenagem a dois dos maiores artistas deste país.

Enfim, essas criaturas desprovidas de cérebro, com suas músicas de amores nunca ou mal correspondidos, suas letras que sempre indicam o amor pela mulher que já tem namorado, noivo ou marido, canções sobre mulheres que parecem viver pulando da cama de um para a de outro bem rapidinho, que não se dedicam a fazer nem faculdade (e os universitários curtindo essa onda de sertanejo universitário), merecem este vídeo e não negarei tal presente.

3 comentários:

Unknown disse...

Realmente,o que tem a ver uma dupla sertaneja (bois, mato) com uma policial americana (carros, cidade)? Nada. Dupla sertaneja tem que ter é nomes tipo viola e violão, serto e nejo, boi e boiadeiro, bezerro e bezerra etc.

Ramysoeg disse...

Venho de 2020 para te informar que as mulheres pulam de cama em cama sem nenhuma dedicação ao amor (como diziam nessas letras) traição é comum e os relacionamentos não tem nenhum valor a não ser o sexual... Sexo no primeiro encontro é praticamente obrigatório e se o cara não tentar "comer" ela antes mesmo de beijar a guria acha que ele é de outro mundo! Muitas delas não querem nem ouvir a palavra namoro, já se afastam do cara, mesmo que o sexo tenha sido fenomenal... Mas hoje em dia elas fazem faculdade, principalmente de psicologia e outros voltado ao comportamento social e pedagógico (seria esse o causador do problema?)

Unknown disse...

Eu não entendo bem dessas escolhas de nomes das duplas sertanejas, mas eu acho que Marrone (Mahoney), vem do filme Loucademia de Policia, Cadete Carey Mahoney. Eu adorava assistir