sexta-feira, novembro 20, 2009

Lembranças

"Para mim, o amor é como a caligrafia dos médicos. Não entendo nada."
Fernando Alvim

Hoje, sem nenhum motivo aparente, ou talvez porque tenha assistido um trecho desses filmes românticos feitos em Hollywood, lembrei da primeira paixão que tive na minha vida. Por que isso seria tão importante? Porque as tive aos montes, se me entende. Amei as que pude, não pude, deveria, não deveria, chorei, sorri, reclamei, percebi, tardiamente, que muitas não valiam as lágrimas e, outras, nenhum dos sorrisos. Mas o fato é que lembrei da primeira.

Comecei a estudar aos seis anos e meio de idade - não era nem matriculado, era considerado "ouvinte" (não me pergunte sobre ser ouvinte) e comecei após as férias de julho. Findo esse ano, fui matriculado na segunda série, pois sabia ler e escrever - aprendi em casa lendo revista em quadrinhos do recruta zero.

Na turma, um amigo que tornou-se professor de matemática, um cara chamado Jorge, meu adversário nessa paixão e a menina mais linda que já conheci em toda a vida, depois da irmã dela, a nossa professora.

Enfim, lembrei dessa história assim mal contada, e só recordei claramente do nome da pessoa menos interessante para mim, talvez por conta de, anos mais tarde, me apaixonar pela namorada de um amigo também chamado Jorge e que, assim como o outro, desapegou-se de mim.

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