Cenário: Pronto-atendimento da UNIMED.
Data: 09.06.2006 - quinta-feira
Horário: 10:00 (manhã)
Quem: Minha irmã, Dra. Luciene, Eu
Minha irmã: Bom dia.
Eu: Bom dia.
Dra. Luciene: Bom dia.
Minha irmã: Trouxemos estes exames do meu irmão e gostaríamos de ouvir sua opinião.
Eu: (calado)
Dra. Luciene: Quantos exames! Mas não precisavam tantos. Seus rins pararam de funcionar e você tem que começar imediatamente na hemodiálise.
Minha irmã: (atônita)
Eu: Como é isso?
Dra. Luciene: Você vai até a Clínica, eles vão colocar um catéter na sua jugular e iniciar o tratamento. Eu não estarei lá mas minha colega vai fazer o trabalho.
Eu: (pensando "eles!?") A senhora confiaria seu pescoço a sua colega?
Dra. Luciene (pensativa alguns segundos): Não.
Eu: E por que eu confiaria?
Dra. Luciene: Você não morreu até agora, não morrerá hoje. Amanhã, eu estarei lá. Vá cedo.
Eu: Quanto tempo viverei fazendo esse tratamento?
Dra. Luciene: 20 anos na máquina.
Dias depois...
- Olá, Doutora!
- Oi, meu amor!
- Você sabe que eu te amo, não é? E que não sei onde estaria agora se não tivesse lhe encontrado.
- Eu sei. Morto!
Eu amo essa mulher!
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